Um dia me disseram que se dá nome ao que amamos.
Mas aí, me pergunto: e se o que amamos já tem nome?

Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor... Ou ódio? Espera, o que eu estava dizendo mesmo?
Ah! Sim. Amor ou ódio... Eis a minha dúvida.

Quanta confusão... Ter que escolher entre o amor e o ódio.
Mas agora mesmo me perguntava, além de "amor ou ódio", em como escolher entre eles se apenas sentimos...
Volto a caminhar de um lado para o outro... - Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor ou ódio. Amor... Ou ódio?

Caminho, penso, enlouqueço. Continuo nesse mesmo ritmo por alguns momentos e nada... Caminho, penso, enlouqueço. E nada. Caminho, penso e enlouqueço... DECIDI-ME. Ou não. Amor ou ódio?! Ahn?! Não sei ainda. Como você é um imbecil, me fez essa confusão. Canalha. Confunde, usa, vai embora. Confunde, usa, vai embora... Rotineiro isso? Quem mas fez parte desse seu plano fajuto? Conseguiu o que queria?

Caminha, caminha, caminha, caminha, pensa, pensa, pensa, pensa, enlouquece, enlouquece, enlouquece, enlouquece, corre, corre, corre, corre... Para, pensa, senta no chão, deita, rola e faz sei lá mais o que.

Meu cérebro já não manda mais informações ao meu corpo. Paro tudo o que estou fazendo – na realidade não estou fazendo nada, mas enfim – e decido fazer a súplica da noite:

- Uma dose de ânimo, por favor.

Eu havia prometido que não iria derramar mais nenhuma lágrima sobre minha face... Mas foi uma promessa em vão. Passei parte de algumas noites em claro, pensando em ti. Ficava pensando em todos os momentos ao seu lado, cada sorriso, cada momento de mau humor, cada momento em que te dizia que estava com sono. Pensava em cada piada retardada e sem graça sua, mas que me arrancava um sorriso. Me lembrava de cada abraço seu, de cada beijo em minha bochecha - amigável, nada de mais-,  em cada vez que você zombava e mim. E em todo esse momento, acima de tudo, lembrava o quanto eu te amava. Tem horas que acho que apenas eu amava nessa história... Sinto todas as dores que você me fez sentir da outra vez, sinto que virou rotina para você aparecer, sumir, reaparecer, sumir novamente de minha vida. Estou cansando de tudo isso. Você está me fazendo sentir como se tivesse um coração de pedra, na qual poucos vão conseguir amolecer e tê-lo como você teve e não percebeu. Sinto aquele medo dos sentimentos, sinto indiferença para com as pessoas, sinto que um liquido corrosivo percorre meu corpo queimando cada parte dele. Você, há tempos, anda formando cicatrizes em mim e parece que não percebe esse detalhe... Me trata como se fosse invisível, e com certeza não era dessa forma que queria que terminasse tudo. Alguns dizem que você é um bosta, inútil, retardado e tudo quanto é coisa. Mas pra mim, você era a pior e melhor pessoa. O que uma pessoa não faz com a gente?